Vidros quebrados, tapumes cobrindo a prefeitura e um pedido de paz na sede do Governo Estadual. Essas são as marcas ainda vistas 50 dias após as manifestações do dia 21 de junho, quando vândalos depredaram e saquearam estabelecimentos públicos e comerciais, na capital paranaense.
Os prédios do Palácio Iguaçu – sede do Governo do Paraná – da Prefeitura, Palácio da Justiça, Tribunal do Júri, Fórum Civil, Vara de Família, bancos privados, lanchonetes, restaurantes, farmácias, estações tubo e pontos de ônibus foram destruídos pelos manifestantes.
Hoje, no entanto, alguns estragos ainda podem ser vistos por quem circula no Centro Cívico da capital. O Banco Bradesco conseguiu recuperar os danos, avaliados em 18 mil reais e informou que “o conserto foi realizado com recurso próprios”. A prefeitura de Curitiba divulgou uma nota dizendo que “Foi necessário abrir um processo licitatório” e “a licitação trouxe economias para os cofres públicos. Os vidros que tinham sido orçados em mais de R$ 86 mil vão ser comprados por R$ 46,1 mil”.
A empresa vencedora começa a efetuar o serviço depois de passado o prazo legal para impugnações da licitação, que é de cinco dias úteis contados a partir da última quinta-feira (8). A única vez em que os vidros do prédio central da Prefeitura foram trocados antes dos atentados de junho, foi em 1969. O Banco Itaú preferiu não se pronunciar sobre os gastos.
A manifestação, que reuniu cerca de 15 mil pessoas há 50 dias, chegou a se dividir em certo momento: uma parte permaneceu na Praça Santos Andrade, outra se dirigiu a Arena da Baixada e a última em direção ao Palácio Iguaçu, na Avenida Cândido de Abreu, na região central de Curitiba. Foram necessárias bombas, tiros de bala de borracha, gás lacrimogêneo e cavalaria para afastar os milhares de manifestantes. Ao todo 26 pessoas foram detidas e os danos avaliados chegaram a R$ 1,5 milhão.
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