Nosso cérebro decide o modo como percebemos tudo o que nos rodeia. Ele informa as nossas decisões, guiando-nos cuidadosamente através da névoa que é o mundo que nos rodeia… exceto quando ele nos engana. Nossos cérebros são amigos inconstantes e adoram brincar conosco. Muitas vezes, o que achamos que é verdade é uma mera ilusão proporcionada pela nossa mente.
09. Saciação semântica
Alguma vez você já repetiu uma palavra várias vezes e descobriu que, depois de um tempo, ela começa a perder o significado? Se você já percebeu, você não precisa se preocupar – cientistas têm estudado este fenômeno e o chamaram de saciedade semântica. Estudos descobriram que, conforme você repete uma palavra, o cérebro torna-se saciado e você começa a ficar confuso sobre o real significado da palavra – ela soa apenas como um monte de sílabas desconexas.
08. Vermes de ouvido
Sabe quando você ouve algo incrivelmente terrível (como uma música que você detesta) e isso fica preso na sua cabeça por dias a fio? Bem, agora você tem um nome para esse fenômeno horrível, que os cientistas chamam de “vermes de ouvido”.
A explicação que alguns cientistas dão basicamente envolve o cérebro ficando preso em um laço de repetição. Você provavelmente se lembra de um verso de qualquer música que não sai de sua cabeça quase perfeitamente, mas não sabe o resto da música. Depois de cantar o primeiro verso, o seu cérebro tenta passar para o próximo, mas não sabe o restante da música. Como o seu cérebro gosta de voltar aos pensamentos inacabados, ele fica preso em um laço de repetição, continuamente tentando recomeçar e terminar a canção.
Após uma série de estudos, pesquisadores chegaram a conclusão que uma das maneiras de quebrar esse irritante feitiço é se concentrando em alguma atividade cognitiva que não seja muito fácil nem difícil – algo como resolver anagramas.
07. Perplexidade moral
A maioria de nós tem opiniões determinadas sobre questões como o canibalismo e o incesto, considerando que essas são práticas moralmente erradas. No entanto, os pesquisadores descobriram que, quando perguntados sobre estas questões, o cérebro da maioria das pessoas é incapaz de chegar a uma resposta apropriada, embora os comportamentos em questão sejam considerados tabu pela maioria das sociedades modernas. Este fenômeno é chamado de perplexidade moral.
Um dos cenários descritos durante um estudo é alguém que trabalha com um corpo que estava sendo levado para ser cremado, e dele foi tomado um pequeno pedaço de carne por uma pessoa. Ela fez questão de cozinhá-lo completamente para remover todas as doenças. Em outro cenário, dois irmãos estavam de férias e fizeram sexo – com proteção.
Os participantes foram questionados se o que essas pessoas fizeram foi errado, e então, os pesquisadores pediram para explicar o porquê. Eles descobriram que as pessoas consideravam esses comportamentos moralmente errados, mas tiveram grandes dificuldade de verbalizar o seu raciocínio. Pesquisas ainda não explicaram por que isso acontece. Pode ser que os tabus da sociedade estão simplesmente enraizados em nossa consciência tão profundamente que sentimos uma poderosa unidade moral contra eles, mesmo que não sejamos capazes explicar logicamente o porquê.
06. O efeito GPS
Você confia no seu GPS para ir em qualquer lugar? Você até o usa para ir em lugares familiares? Se assim for, talvez você irá querer usá-lo menos. Acontece que o uso de GPS é uma maneira fácil de nos acalmar a uma falsa sensação de segurança e perder o senso de direção. O uso excessivo do GPS, na verdade, faz com que seja mais difícil para nós criarmos mapas espaciais. Pior ainda, alguns pesquisadores acreditam que, se não usarmos as nossas capacidades espaciais regularmente, corremos um maior risco de ter demência precoce. Os pesquisadores sugerem que usemos o GPS apenas quando realmente não soubermos o caminho.
Em uma nota mais positiva, verifica-se que usar constantemente nossas habilidades espaciais faz com que nossos cérebros fiquem mais fortes. Taxistas de Londres têm que passar por um processo extremamente rigoroso para saber suas rotas, que só cobrem um raio de 9,5 km, mas incluem 25 mil ruas com 320 rotas separadas e cerca de 20.000 pontos de interesse diferentes. Pesquisadores que estudam os taxistas de Londres descobriram que não só os veteranos, mas também aqueles que tiveram apenas um treinamento, tiveram um aumento em sua massa cinzenta.
05. Privação sensorial
Você provavelmente não vai enfrentar muitas situações onde você está temporariamente ausente de estímulos sensoriais. No entanto, se isso acontecer e você começar a ver coisas que não fazem sentido ou ouvir barulhos estranhos, não fique muito alarmado – é apenas mais um exemplo de uma peça pregada pelo seu cérebro. Pesquisadores colocaram cobaias em uma chamada uma sala anecóica, uma câmara destinada a bloquear qualquer ruído ou luz externa. O objetivo deste experimento em particular era ver se as pessoas tinham alucinações quando estavam desprovidas de estímulos sensoriais.
As pessoas relataram ver formas e rostos, e algumas até tiveram alucinações olfativas. Ainda mais estranho, alguns pensavam que algo de ruim estava na sala com eles e que algo “importante” estava acontecendo do lado de fora enquanto eles estavam ali. Segundo os pesquisadores, a explicação é que o nosso cérebro fica confuso quando é desprovido de estímulos sensoriais, por isso cria alguns para preencher o vazio. O resultado é que não podemos dizer o que é real e o que é apenas fruto de nossa imaginação.
04. Dor solidária
Alguma vez você já fez uma careta de dor quando viu alguém bater o dedinho do pé na porta? Ou apenas ouviu uma história de alguém se machucando e teve a mesma experiência? Isso é a chamada dor solidária.
Segundo análises de ressonância magnética, o cérebro exibe a mesma atividade para as duas pessoas (a que se machucou e a que viu a outra se machucar). A parte do cérebro responsável por isso é a chamada “área de espelho”, e os cientistas acreditam que nós temos algo chamado de “neurônios-espelho”, que são responsáveis pela criação de uma resposta solidária.
03. Memórias falsas
A maioria de nós está muito certo quanto às nossas lembranças, e porque não deveríamos estar? Em um mundo estranho e em constante mudança, que muitas vezes não faz sentido, nossas experiências podem ser uma das poucas coisas que nos prendem a realidade. No entanto, cientistas realizaram experimentos sobre a memória e descobriram que é incrivelmente fácil plantar falsas memórias no cérebro. Segundo um pesquisador, a razão pela qual somos tão facilmente enganados é porque nossas mentes tentam registrar tudo ao nosso redor, mas evidentemente não conseguem, o que leva a falhas na memória. Para lidar com isso, as nossas mentes plantam automaticamente quaisquer falsas memórias que parecem fazer sentido com base no nosso conhecimento e experiência.
Mas fica ainda pior. Em um experimento, os pesquisadores convenceram uma mulher que ela havia se perdido em um shopping quando era criança. Não só ela acreditou neles, mas também começou a dar mais detalhes sobre uma velha mulher que a tinha ajudado a encontrar seus pais. Os pesquisadores foram capazes de convencê-la tão bem que, quando lhe disseram que era a memória era falsa e que tudo tinha sido uma experiência, ela não acreditou neles. Seus pais tiveram que ser chamados para confirmar que ela não tinha se perdido no shopping.
02. Embriaguez de sono
A maioria das pessoas provavelmente sabe que, se você ficar um longo tempo sem dormir, os resultados podem ser bastante semelhantes à embriaguez. No entanto, o que você talvez não saiba é que o excesso de sono pode ter um efeito semelhante. Alguma vez você já dormiu mais do que de costume e acordou se sentindo tonto?
Quando você dorme por muito tempo, o seu cérebro pode ficar confuso e fica em um estado entre o sono e a vigília.
01. Hipnagogia
A maioria das pessoas pensa que apenas aqueles sob a influência de drogas tendem a ter alucinações, mas nada poderia estar mais longe da verdade. Alucinações hipnagógicas ocorrem quando você está dormindo, enquanto alucinações hipnopômpicas ocorrem quando você está acordando. Ambas as formas de alucinação podem ser acústicas ou visuais. Elas são diferentes dos sonhos – uma pesquisa mostrou que o cérebro pode formar alucinações quando você ainda está parcialmente consciente.
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