Dilma anuncia curso de medicina para Guarapuava.Politica



A presidente Dilma Rousseff  acaba de anunciar abertura de vagas para o curso de medicina em Guarapuava. O anúncio foi feito às 15 horas desta segunda-feira (08) durante o lançamento do programa “Mais Médicos” que visa aumentar o número de profissionais de medicina no atendimento da rede pública de saúde. A notícia foi confirmada à Rede Sul de Notícias pela assessoria do deputado federal Zeca Dirceu, que trabalhou pelo curso no município. Ainda não foi determinada qual das instituições de ensino superior vai sediar o curso. A Unicentro, a Campo Real, a Guairacá e a Guarapuava poderão se habilitar e quem cumprir as exigências sedia o curso, segundo informou a assessoria do deputado.
Das vagas, 400 serão abertas no Paraná nos municípios de Foz do Iguaçu, Umuarama, Guarapuava, Pato Branco e Curitiba. Algumas das novas vagas começam a ser abertas já no próximo semestre letivo. As demais em 2014, 2015 e 2016. Atualmente o Brasil tem 15 mil vagas para o curso de medicina. Além das novas vagas para graduação em medicina, o governo federal vai abrir mais 12 mil vagas de especialização. De acordo com Gaievski, serão abertas vagas para áreas que são prioridades como pediatria, ginecologia, clínica geral, médicos da família. Em menor escala, serão ofertadas mais vagas para ortopedia, intensivistas para UTIs, psiquiatria e anestesistas.

Médicos no interior
De acordo com a presidente Dilma Rousseff, essa falta de médicos é um "problema muito sério, que irá ficar mais grave na medida em que aumentamos os investimentos na construção de novas unidades de saúde”.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ressaltou a importância desse trabalho. “Esse programa vem somar aos investimentos que o governo federal tem realizado no SUS [Sistema Único de Saúde] para ampliar o atendimento à população”, salientou Gleisi. Estão sendo investidos na saúde R$ 7,4 bilhões na construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais. Ainda serão investidos mais R$ 5,5 bilhões em novas unidades no próximo ano, segundo o governo federal.
O programa
O programa lançado por Dilma terá vários pilares. Dois deles estão relacionados à criação de novas vagas em universidades do país. A intenção do governo federal é criar mais 11,5 mil vagas de graduação em universidades públicas e privadas brasileiras focando na interiorização desses cursos. “A interiorização é importantíssima para que os médicos se fixem nos lugares mais remotos, porque hoje muitos vêm do interior, se formam nas capitais e ficam nas maiores cidades, não retornam para as cidades menores para atender na saúde pública, na rede básica de saúde”, afirma o assessor especial da Casa Civil, Eduardo André Gaievski.
No entanto, como a formação de médicos demora, no mínimo, seis anos e a situação no país requer profissionais, principalmente no interior e nas periferias do Brasil, o governo vai tomar uma atitude emergencial que é o recrutamento de médicos por meio de edital, principalmente de países em que a média de médicos por mil habitante seja superior a 2,7. O número é o padrão adotado pelo Reino Unido e que o Brasil tem como objetivo alcançar. Atualmente a média do país é 1,8.
As vagas serão primeiramente oferecidas aos profissionais brasileiros, para depois serem ofertadas para profissionais do exterior. “A expectativa é que os brasileiros, que tenham interesse possam se candidatar a essas vagas”, pondera Gaievski. O governo federal visa trazer médicos da Espanha, Portugal e Argentina que estejam credenciados a serem médicos em seus países de origem. “Então as embaixadas em Portugal, da Espanha e da Argentina vão fornecer um documento que aquele diploma, aquele credenciamento, aquela carteira de médico está habilitada para exercer medicina naquele país seja válido no Brasil”, explica o assessor.
Além disso, os médicos que vierem ao Brasil farão uma imersão de 21 dias para adaptar-se à língua e a cultura daquela região onde irão trabalhar. O conhecimento da língua portuguesa é uma das exigências para que o profissional do exterior venha trabalhar no Brasil. Os médicos estrangeiros também passarão por uma capacitação para trabalhar com as doenças tropicais e também por uma adaptação ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Gaievski explica que os diplomas dos médicos vindos do exterior não serão revalidados no Brasil, pois a intenção do governo federal é levar assistência às áreas atualmente desassistidas. “Se revalidar o diploma deles, eles estão liberados para atuar em qualquer área do Brasil. Nós vamos replicar um processo que já tem hoje. Os médicos se concentram nas maiores cidades, nas cidades mais interessantes do ponto de vista financeiro para eles. Se revalidar o diploma, no dia seguinte eles estão liberados para atuar e vamos concentrar mais médicos nas grandes cidades, principalmente nas capitais”, completa.
A permissão inicial de atuação no Brasil é de três anos. Os médicos serão acompanhados por médicos tutores e supervisores das universidades Federais do Brasil.

Com Agência Notícias PR

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