Reprovação em um vestibular não é o fim do mundo


Algo importante que temos que aprender é tirar o melhor que se pode das situações que vão se apresentando ao longo da vida. Muitos traçam um caminho e tendem a segui-lo a qualquer custo. Diante de reveses, a frustração invade e mina qualquer possibilidade de mudar alguma coisa, tornando a realidade insuportável.
Sonhar com algo é importante e impulsiona nossa ação. As vezes, no entanto, as coisas ficam muito idealizadas e impossível de serem diferentes. Tenta-se, em vão, enquadrar a realidade naquilo que se imagina. Algo impossível. No final das contas, temos que nos adequar.
O que não significa se submeter simplesmente. Mas fazer uma equação em que os sonhos sejam possíveis nas situações que se apresentam, com a possibilidade de serem transformados em realidade.
Nesta época do ano, muitos jovens estão lutando por seus sonhos. Esforçaram-se, estudaram horas a fio e deixaram alguns prazeres de lado para conquistarem uma vaga em determinada  universidade. Alguns querem ser médicos, outros sociólogos, há os futuros químicos, os jornalistas, psicólogos…
As opções são muitas, mas faltam vagas para todos. Há carreiras bastante concorridas e  instituições muito desejadas. Para se ter uma ideia, a relação candidato por vaga para a carreira de medicina numa faculdade considerada uma das melhores é de 56,43, no vestibular da Fuvest.
O vestibular é um aspecto da realidade que as vezes faz com que o rumo seja alterado, mas não necessariamente abandonado. As primeiras listas de aprovados já estão saindo. As universidades públicas começaram a convocar os vestibulando para a segunda fase. Muitos estarão fora desses vestibulares. Mas não de outras possibilidades que devem ser consideradas.
Temos que ter sempre um plano B ou até um C. Se não foi dessa vez, pode-se cursar uma outra faculdade que não seja tão famosa, mas que também forma bons profissionais. Existe a ideia de que só se é bom quando se estuda em determinadas instituições. Que nada! A qualidade de um trabalho depende muito mais de quem o executa – capacidade, empenho e honestidade.
Também pode-se esperar mais um ano. Principalmente para aqueles que não têm condições de pagar uma instituição particular. Nesse caso, pensar em um curso noturno em que o trabalho diurno garanta a faculdade, é uma opção. Inclusive há a ajuda do governo para tanto, como o Prouni.
Conheci uma pessoa que depois de casada e com filhos, trabalhando durante todo o dia, fazia faculdade à noite numa instituição particular. Apesar das dificuldades, conseguiu ser uma boa profissional, reconhecida em sua área.
Apesar da frustração que pode abater aqueles que ficaram fora das listas de aprovados, em que não há palavras de consolo, é preciso lembrar que estão apenas começando. Há muito caminho para trilharem.

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