8 brincadeiras perigosas para as crianças


Sem a devida segurança ou supervisão de um adulto, cama elástica, bicicleta, escorregador e pipa podem causar acidentes

A cena é mais comum do que se imagina: o filho está se divertindo na festa do amigo quando, de repente, cai do pula-pula e se machuca. Segundo o Ministério da Saúde, as quedas foram a principal causa de hospitalizações de crianças entre zero e 14 anos, em 2013. Por isso, brincadeiras como cama elástica, bicicleta, patins e escorregador merecem tanta atenção. “Quedas como estas podem gerar traumas graves de crânio, membros e coluna. Em alguns casos, até fatais”, explica a pediatra Renata Waksman, que faz parte do Departamento de Segurança da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
CAMA ELÁSTICA: apresenta alto risco de quedas. Confira se os postes laterais são revestidos de material macio para que a criança não bata a cabeça. 
BOLINHA DE GUDE E PEÇAS DE MONTAR: podem causar engasgo em crianças pequenas que estejam na fase oral e colocam tudo na boca. Guarde fora do alcance dos pequenos.
 
BICICLETA, SKATE, PATINS e PATINETE: somente em locais longe dos carros. É importante usar equipamentos de segurança como capacetes e joelheiras.
DARDOS E FLECHAS: representam um perigo enorme nas mãos das crianças menores. Brinquedos pontiagudos podem machucar olhos e ouvidos.
PARQUINHO: verifique se os brinquedos estão em boas condições. Veja se o escorregador não está muito quente e observe a altura dos brinquedos para evitar quedas perigosas. 
BRINQUEDOS COM FIOS: corda, pião e outros jogos podem provocar enforcamento. Verifique a faixa etária ideal para o brinquedo e sempre supervisione seu filho.
PIPA: a brincadeira é divertida e saudável, desde que feita longe de lugares com fios elétricos. Também oriente seu filho sobre riscos do uso de cortante nas linhas 
Um estudo realizado pela ONG Criança Segura em cinco hospitais públicos de São Paulo também aponta a queda – seja de brinquedos de parquinho, laje ou escada – como responsável por 48% das lesões em crianças de até 14 anos. O levantamento, feito em 2012 com 916 pacientes, constatou ainda perigo com relação a acidentes esportivos e com bicicletas (que originaram 10% das ocorrências). “Não diria que existem brincadeiras perigosas, mas, sim, ambientes inadequados. Cair, machucar e sentir dor fazem parte do desenvolvimento infantil, mas é preciso oferecer segurança acima de tudo”, diz Alessandra Françoisa, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.
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No Brasil, afogamentos são a segunda maior causa de acidentes domésticos com crianças de até 10 anos, segundo o Ministério da Saúde
Diversão é essencial
Proporcionar mais segurança aos pequenos nem sempre é tarefa fácil, mas é dever dos pais ficarem atentos, sem privá-los do divertimento tão essencial na infância. Uma das principais medidas é ter sempre um adulto por perto, supervisionando a brincadeira. Sendo assim, antes da criança entrar no escorregador, por exemplo, analise as condições gerais do parquinho. Quando for comprar um brinquedo, veja a indicação de faixa etária. Ao incentivar uma volta de bicicleta, ofereça equipamentos de segurança e um espaço adequado, sem movimentação de carros.
No entanto, se mesmo com todas as precauções a queda acontecer, é hora de ter cautela no socorro. Primeiro, verifique se a criança está respirando bem, se não está pálida, sonolenta, com náuseas ou tonturas. “Se ela não conseguir se levantar sozinha ou ficar inconsciente, não a retire do local, nem balance a cabeça, pois isso pode piorar ainda mais o trauma”, diz a pediatra Renata Waksman, que reuniu dicas importantes de prevenção de acidentes no livro “Crianças e Adolescentes em Segurança”, lançado no ano passado pela Sociedade Brasileira de Pediatra (editora Manole). Vale ressaltar que, nos casos mais graves, o recomendado é mesmo chamar a emergência.


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