Na segunda noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, na madrugada deste sábado (1º) para o domingo (2), a chuva que caiu na cidade na noite anterior deu uma trégua no Anhembi. As sete escolas que se apresentaram trouxeram para a avenida temas como a felicidade, o poder, as paixões proibidas e o meio ambiente.
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Duas personalidades também foram homenageadas: o ex-jogador Ronaldo, que inspirou o enredo da Gaviões da Fiel; e Dorival Caymmi, tema da Águia de Ouro. Sem imprevistos sérios, como na noite anterior, nenhuma escola foi penalizada por atrasos. Em busca do tricampeonato, a Mocidade Alegre falou sobre fé, com direito "reza" dos componentes, que se ajoelharam durante o desfile. A apuração para definir a campeã do carnaval paulistano em 2014 será na terça-feira (4). Veja os resumos dos desfiles:
Pérola Negra
A Pérola abriu a noite investigando o segredo da felicidade. “Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra, a suprema felicidade!” foi o enredo da escola em seu retorno ao Grupo Especial, depois do título no Grupo de Acesso em 2013. Embora tenha enfrentado problemas na concentração, com atrasos de componentes e um problema técnico no segundo carro alegórico, a agremiação da Vila Madalena, na Zona Oeste, conseguiu terminar o desfile sem estourar o tempo.
A Pérola convidou o público a viajar pelo mundo e pela História para explicar os diferentes significados da felicidade desde a Antiguidade, passando pelas religiões orientais, a acepção do pecado original na Idade Média e a questão sobre a mercantilização da felicidade, com o acúmulo de dinheiro e a busca da juventude eterna. A escola encerrou sua passagem pelo sambódromo em 64 minutos e muita comemoração (leia o relato completo do desfile).
A Pérola abriu a noite investigando o segredo da felicidade. “Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra, a suprema felicidade!” foi o enredo da escola em seu retorno ao Grupo Especial, depois do título no Grupo de Acesso em 2013. Embora tenha enfrentado problemas na concentração, com atrasos de componentes e um problema técnico no segundo carro alegórico, a agremiação da Vila Madalena, na Zona Oeste, conseguiu terminar o desfile sem estourar o tempo.
A Pérola convidou o público a viajar pelo mundo e pela História para explicar os diferentes significados da felicidade desde a Antiguidade, passando pelas religiões orientais, a acepção do pecado original na Idade Média e a questão sobre a mercantilização da felicidade, com o acúmulo de dinheiro e a busca da juventude eterna. A escola encerrou sua passagem pelo sambódromo em 64 minutos e muita comemoração (leia o relato completo do desfile).
Gaviões da Fiel
A escola homenageou Ronaldo, da infância à despedida dos gramados no Corinthians. O ex-jogador só apareceu no último carro, ao lado do filho Ronald, da mãe Sônia, do pai Nélio e da namorada Paula Morais. Ele sambou e cantou vestido com um terno cor de ouro. Sobrou dourado no desfile: nas fantasias dos componentes, em esculturas dos carros alegóricos e nas roupas das musas da agremiação, com destaque para Sabrina Sato.
A escola homenageou Ronaldo, da infância à despedida dos gramados no Corinthians. O ex-jogador só apareceu no último carro, ao lado do filho Ronald, da mãe Sônia, do pai Nélio e da namorada Paula Morais. Ele sambou e cantou vestido com um terno cor de ouro. Sobrou dourado no desfile: nas fantasias dos componentes, em esculturas dos carros alegóricos e nas roupas das musas da agremiação, com destaque para Sabrina Sato.
O desfile mostrou a vida de Ronaldo em ordem cronológica. Além de Sabrina, as irmãs Minerato e Thaila Ayala se destacaram. No quarto setor, o Fenômeno foi comparado a uma ave Fênix, por sua perseverança e superação para jogar bem mesmo depois de contusões. No encerramento, a fase atual de Ronaldo como empresário foi representada pelo carro O Império R9 - O Midas do Marketing (leia o relato completo do desfile).
Mocidade Alegre
Na busca pelo tricampeonato, a Mocidade apresentou um desfile impecável em vários quesitos. Mas o que surpreendeu foi um movimento coordenado entre os 3.500 componentes. Eles se ajoelharam, todos ao mesmo tempo, durante uma das paradas da bateria. Com fantasias coloridas, alegorias majestosas e uma comissão de frente com membros vendados que se guiaram apenas por comandos de voz, a escola levou à avenida o tema da fé.
Recheado de alusões às mais diversas religiões, entre elas o judaísmo, o islamismo e crenças indígenas, o desfile também falou sobre as superstições: o horóscopo, a numerologia, bolas de cristal e folhas de arruda estiveram presentes. O mercado da fé e as igrejas que enriquecem com um número crescente de fiéis não ficou esquecido no enredo. Apesar da boa evolução, o último carro foi retirado às pressas para que a Mocidade não estourasse o tempo limite e fosse penalizada (leia o relato completo do desfile).
Na busca pelo tricampeonato, a Mocidade apresentou um desfile impecável em vários quesitos. Mas o que surpreendeu foi um movimento coordenado entre os 3.500 componentes. Eles se ajoelharam, todos ao mesmo tempo, durante uma das paradas da bateria. Com fantasias coloridas, alegorias majestosas e uma comissão de frente com membros vendados que se guiaram apenas por comandos de voz, a escola levou à avenida o tema da fé.
Recheado de alusões às mais diversas religiões, entre elas o judaísmo, o islamismo e crenças indígenas, o desfile também falou sobre as superstições: o horóscopo, a numerologia, bolas de cristal e folhas de arruda estiveram presentes. O mercado da fé e as igrejas que enriquecem com um número crescente de fiéis não ficou esquecido no enredo. Apesar da boa evolução, o último carro foi retirado às pressas para que a Mocidade não estourasse o tempo limite e fosse penalizada (leia o relato completo do desfile).
Nenê de Vila Matilde
A Nenê de Vila Matilde colocou na avenida alguns dos casais mais famosos da história para falar de amores proibidos. A escola de samba que não vence o carnaval paulistano desde 2001 apostou na criatividade do estreante carnavalesco Magoo, que abusou das inovações em, por exemplo, uma ala das baianas que pela primeira vez, desde 1949, não usou azul e branco (veio de vermelho e branco).
A Nenê de Vila Matilde colocou na avenida alguns dos casais mais famosos da história para falar de amores proibidos. A escola de samba que não vence o carnaval paulistano desde 2001 apostou na criatividade do estreante carnavalesco Magoo, que abusou das inovações em, por exemplo, uma ala das baianas que pela primeira vez, desde 1949, não usou azul e branco (veio de vermelho e branco).
Logo no abre-alas a Nenê causou impacto ao pegar emprestado da mitologia grega o romance de Orfeu e Eurídice. Entre as várias alas bastante criativas surgiram Picasso e seus amores, além de Dona Flor e seus dois maridos, em referência à obra de Jorge Amado. O casal Romeu e Julieta, de Shakespeare, teve direito a carro, assim como dois ícones do carnaval: Pierrot e Colombina (leia o relato completo do desfile).
Águia de Ouro
A escola da Zona Norte cantou Dorival Caymmi (1914-2008) e fez referência às letras do cantor e compositor baiano. O desfile foi o primeiro da parceria entre os carnavalescos Cebola e Delmo de Moraes. No abre-alas, as inspirações de Caymmi foram retratadas. Iemanjá, representada com uma estátua de 12 metros de altura, se destacou.
A escola da Zona Norte cantou Dorival Caymmi (1914-2008) e fez referência às letras do cantor e compositor baiano. O desfile foi o primeiro da parceria entre os carnavalescos Cebola e Delmo de Moraes. No abre-alas, as inspirações de Caymmi foram retratadas. Iemanjá, representada com uma estátua de 12 metros de altura, se destacou.
Além das cores e símbolos da Bahia e do Rio, a Águia de Ouro teve que lidar com um imprevisto. Um integrante da comissão de frente foi atendido em uma ambulância pelos bombeiros, após passar mal. Ele foi encaminhado para um hospital. Segundo os socorristas, ele estava consciente (leia o relato completo do desfile).
Império de Casa Verde
A sustentabilidade inspirou o desfile da Império de Casa Verde neste ano. A escola usou a criatividade e o didatismo para contar a história por trás dos principais problemas ambientais do planeta, como o desmatamento, o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio. Os carros alegóricos, que fizeram alusão aos quatro elementos da natureza, apareceram na avenida em tamanho gigante e com detalhes primorosos. Além dos problemas, soluções sustentáveis para o planeta também foram abordados, entre elas as energias renováveis, como a eólica, e meios de transporte limpos, como a bicicleta.
A escola também surpreendeu ao dividir os 250 ritmistas em quatro fantasias de cores diferentes, indicando a terra, a água, o ar e o fogo, o que provocou um belo efeito visual, principalmente na entrada e na saída do recuo. Sem imprevistos técnicos, a escola, que foi bicampeã em 2005 e 2006, cumpriu seu papel e deixou sua marca na avenida (leia o relato completo do desfile).
A sustentabilidade inspirou o desfile da Império de Casa Verde neste ano. A escola usou a criatividade e o didatismo para contar a história por trás dos principais problemas ambientais do planeta, como o desmatamento, o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio. Os carros alegóricos, que fizeram alusão aos quatro elementos da natureza, apareceram na avenida em tamanho gigante e com detalhes primorosos. Além dos problemas, soluções sustentáveis para o planeta também foram abordados, entre elas as energias renováveis, como a eólica, e meios de transporte limpos, como a bicicleta.
A escola também surpreendeu ao dividir os 250 ritmistas em quatro fantasias de cores diferentes, indicando a terra, a água, o ar e o fogo, o que provocou um belo efeito visual, principalmente na entrada e na saída do recuo. Sem imprevistos técnicos, a escola, que foi bicampeã em 2005 e 2006, cumpriu seu papel e deixou sua marca na avenida (leia o relato completo do desfile).
Acadêmicos do Tatuapé
A última escola do Grupo de Elite a desfilar no carnaval paulista apostou na fé para buscar seu primeiro título. A Acadêmicos do Tatuapé buscou em um dos santos mais populares do catolicismo, São Jorge, a inspiração e o enredo de 2014. Apesar de um começo complicado, em que não bastou devoção para fazer o gigantesco carro abre-alas entrar na avenida, foi preciso que vários integrantes se reagrupassem para empurrar o veículo que representava o Império Romano.
Os 2.500 componentes, em 22 alas e cinco alegorias, entraram no Sambódromo às 5h28, ainda com a lua de São Jorge (e do dragão vencido) auxiliando na iluminação. Após belos carros e fantasias e, principalmente, depois de muita garra da escola que não tem tanto dinheiro quanto as concorrentes, a apresentação terminou com o sol nascendo na capital paulista, mas ainda dentro do prazo limite (leia o relato completo do desfile)
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A última escola do Grupo de Elite a desfilar no carnaval paulista apostou na fé para buscar seu primeiro título. A Acadêmicos do Tatuapé buscou em um dos santos mais populares do catolicismo, São Jorge, a inspiração e o enredo de 2014. Apesar de um começo complicado, em que não bastou devoção para fazer o gigantesco carro abre-alas entrar na avenida, foi preciso que vários integrantes se reagrupassem para empurrar o veículo que representava o Império Romano.
Os 2.500 componentes, em 22 alas e cinco alegorias, entraram no Sambódromo às 5h28, ainda com a lua de São Jorge (e do dragão vencido) auxiliando na iluminação. Após belos carros e fantasias e, principalmente, depois de muita garra da escola que não tem tanto dinheiro quanto as concorrentes, a apresentação terminou com o sol nascendo na capital paulista, mas ainda dentro do prazo limite (leia o relato completo do desfile)
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